IPL60+ é notícia no Jornal Público.

“As universidades chamaram os seniores e eles estão a entrar nas salas de aula.”

Investigadores dizem que a frequência destes cursos tem um impacto positivo na saúde mental.

É uma tendência recente no ensino superior nacional, mas nos últimos dois anos esteve sempre em crescimento: as universidades e institutos politécnicos desenharam programas direccionados para o público sénior. São seis as instituições que disponibilizam este tipo de oferta e, ainda que o número de inscritos seja ainda relativamente baixo, com cerca de 900 alunos, o total cresceu 8,6% nos dois últimos anos lectivos. O regresso dos mais velhos às salas de aulas tem vantagens para a sua saúde, mas também para o convívio entre gerações, avaliam os especialistas.

O PÚBLICO contactou todas as instituições de ensino superior públicas e 11 universidades privadas (as que têm mais alunos inscritos no ensino regular) e encontrou seis casos em que existem ofertas direccionadas para seniores. Quatro deles estão no sector do Estado (as universidades de Évora e Açores e os politécnicos de Leiria e Viana do Castelo) e dois no particular (a Católica do Porto e a Lusófona, em Lisboa).

Universidades Seniores têm impacto positivo na saúde dos seus estudantes

Esmeraldina Veloso considera que “há ganhos a vários níveis para as pessoas idosas” na frequência deste tipo de ofertas, que conseguem manter a actividade cognitiva, refazer redes de sociabilidade. A frequência de academias ou universidades seniores têm ainda um impacto positivo na saúde mental.

A estas vantagens, Sibila Marques, do Centro de Investigação e de Intervenção Social do ISCTE, junta uma outra: “promove-se a coesão intergeracional”. “Vivemos numa cidade muito segregada por idades. Os grupos etários acabam por não estar muito ligados a não ser em contexto social”, analisa a investigadora que tem trabalhado o tema das discriminações relacionadas com a idade, quer sobre idosos quer sobre jovens.

Tal como no caso da universidade popular de Évora, o Programa IPL60+, criado em 2008 pelo Instituto Politécnico de Leiria, também nasceu para “colocar em contacto, dentro e fora da sala de aula, estudantes jovens e estudantes seniores”, explica Luísa Pimental, que coordena aquela iniciativa. O caso de Leiria é o único em que os estudantes seniores têm aulas juntamente com os alunos mais novos das licenciaturas. Os estudantes seniores inscrevem-se em disciplinas que fazem parte das licenciaturas da instituição, podendo mesmo submeter-se a avaliação, caso desejem.”Autor: Samuel Silva

 3 de fevereiro de 2017

Ver notícia completa em:

https://www.publico.pt/2017/02/03/sociedade/noticia/as-universidades-chamaram-os-seniores-e-eles-estao-a-entrar-nas-salas-de-aula-1760660

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